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quinta-feira, junho 18, 2009

Carlson Gracie vive

Carlsinho assume posto de "general" enquanto academia no Rio continua trabalho do grande mestre

Na Pirâmide da CSU de Long Beach, na Califórnia, Carlson Gracie Jr não parava um minuto, no terceiro dia de evento. Conversava com os professores, reunia alunos, e pausa só para um cachorro-quente na cantina do ginásio. Nesse estilo corrido, o professor abordou o GRACIEMAG.com para falar do renascimento da equipe. Faixa-preta de Jiu-Jitsu desde 1993, hoje instrutor principal de duas academias em Chicago e Temecula, Carlsinho queria agradecer a todos os alunos de grande mestre Carlson que se uniram e voltaram a defender com brilho a bandeira com o símbolo do buldogue.

"Não posso deixar de agradecer a todos os professores que ajudaram a reerguer a tradição do Carlson Gracie Team, que graças ao pessoal veio para este Mundial com times A, B, C, D... Somos um time da mesma tradição da Gracie Barra, Humaitá e Alliance, e estamos aí vivos. Agradecemos muito aqui ao Ricardo Cavalcanti, Rey Diogo, Roberto Cyborg Abreu, Demetrius Ramos, Rodrigo Medeiros, Rinaldo Santos, Marcelo Alonso em Seattle, e claro, ao Johnny Ramirez".

Ao seu lado, Cavalcanti interrompeu: "Carlsinho agora é o nosso general! As outras equipes não têm generais? Pois então". Carlsinho minizou o posto, mas seguiu andando no ritmo frenético. Tinha um exército para comandar.

Semanas depois, no Rio de Janeiro, outro sinal de que a equipe segue firme e forte continuando o trabalho do grande mestre, uma das maiores personalidades da história do Jiu-Jitsu e MMA, falecido no dia 1 de fevereiro de 2006. Nessa quarta-feira (17 de junho) a alegria tomou conta da academia de Carlson, na Rua Figueiredo Magalhães, no bairro de Copacabana (RJ). Na sala onde foram lapidados muitos dos maiores campeões vindos da arte suave, Alan Moraes graduou à faixa-preta uma nova promessa da academia, Samir Chantre. Emocionado, Alan comentou como seguiu o trabalho num dos times mais tradicionais do mundo.

“Mesmo com a morte do mestre, jamais pensamos que a academia fosse acabar, mas sentimos um grande vazio porque ele era a ponta da pirâmide. Não sabíamos como continuaríamos a tocar o barco sem ele. No entanto, vimos que ele era forte, mesmo não estando presente, e conseguimos manter a academia. Nosso vínculo com a família continua através da dona Marli e do Carlson Gracie Junior, que hoje é praticamente o líder da equipe. O Junior aparece aqui periodicamente e outros parentes, como mestre Robson, continuam tendo contato”, contou.

O trabalho continua forte e os responsáveis pela equipe buscam revelar novos lutadores.

“Desde o falecimento do Carlson fizemos uma renovação no jiu-jitsu da academia e mantivemos a tradição de buscar novos talentos e, aos poucos, eles vêm surgindo. Acredito que, em alguns anos, estaremos no topo novamente. Nomes como o Samir Chantre, que ficou em terceiro no Mundial, Breno, Vitor Paschoal e Felipe Abad estão se destacando”, disse ele, que explica como está dividida a equipe.

“Aqui na Figueiredo Magalhães temos o Arizinho (Ari Galo), eu e o Marcelo Saporito. Na Lagoa temos uma filial com o professor Raphael Abi-Rihan. A parte de MMA fica com o Ari, que treina lutadores como o Alexandre Baixinho. Buscamos também um espaço para um centro de treinamentos e vamos ver se recuperamos mais à frente o nome do Carlson no MMA também, onde sempre foi forte”, finalizou.
Fonte GracieMAG

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