Quem pensou em futebol, enganou-se. O jiu-jitsu, apesar da imagem negativa junto à mídia causada por uma minoria de brigões de rua, tem milhares de praticantes de todas as idades, etnias e classes sociais. São centenas de academias, espalhadas por quase todos os bairros do município.
Apesar do crescimento de alguns centros, como São Paulo e Manaus, o Rio de Janeiro segue sendo o maior celeiro de lutadores do Brasil. A maioria dos campeões mundiais, brasileiros e pan-americanos são cariocas. Camisas de agremiações são vistas por todos os lados, vestidas com orgulho por alunos e seus mestres.
Muitos dizem que o jiu-jitsu é um vício, que basta alguns dias sem treino para se sentir um vazio no corpo. Nada melhor do que um “treininho” após um dia estressante para poder relaxar. A arte suave é, sem dúvida alguma, uma terapia para aqueles que a praticam com freqüência. Sem falar, claro, nos benefícios à saúde que este fantástico esporte proporciona. Para quem quer ‘secar”, ou seja, perder gorduras, o jiu-jitsu trás resultados muito rápidos e eficazes. Para quem deseja apenas ter as orelhas estouradas para serem exibidas como troféus, que fique em casa vendo televisão.
Ou então, que pegue uma toalha molhada e fique esfregando o próprio ouvido. Recomendamos muita paciência neste complicado processo de auto-flagelamento.
Dos pioneiros Carlos e Hélio Gracie até os dias de hoje, o jiu-jitsu teve um grande crescimento. Foi criada uma Confederação Brasileira e diversos campeonatos são organizados durante todo o ano. Houve uma sensível evolução na parte física dos lutadores, com treinamentos específicos para cada movimento de luta, quase sempre acompanhados por profissionais altamente gabaritados. No que diz respeito à parte técnica, há certas divergências de opiniões.
Alguns alegam que, atualmente, as posições básicas estão sendo cada vez menos repetidas pelos alunos. Bastam três ou quarto repetições para se acharem suficientemente bem treinados, quando o mínimo deveria ser entre vinte ou trinta. Conseqüentemente, o nível técnico dos lutadores estaria em declínio, dizem. Outros discordam e argumentam que a nova geração que está surgindo não daria chance para as lendas do passado. Quem não faria de tudo para promover um saudável duelo de gerações?
Fonte Faixa Preta
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