Arthur Virgílio escreve sobre Helio

Senador é faixa-preta de Jiu-Jitsu
Como não poderia deixar de ser, multiplicam-se por toda a internet notícias relativas à morte do Grande Mestre Helio Gracie. E na mesma proporção surgem figuras importantes, não só do mundo das lutas, a deixaram registradas as condolências a um dos grandes ícones do esporte brasileiro e mundial.

Informado pelo GRACIEMAG.com da morte de Helio, o senador Arthur Virgílio escreveu:

“Difícil falar. Mais fácil calar, pensar e sentir.

Afinal, deixou-nos o mestre dos mestres, o guerreiro espartano, o resistente, teimoso e obstinado lutador. Hélio Gracie, vitorioso até quando perdeu, soube superar a natureza franzina, os problemas de coluna, a saúde frágil, para se tornar um atleta singular. Aprofundou os ensinamentos de seu irmão Carlos e modernizou o jiu-jitsu que o Japão deixou caducar.

Desses dois espíritos nasceu a versão brasileira de uma arte marcial que, pela técnica de Roger e Rickson, passou a ser individualmente a mais eficaz de todas, sem que se pretenda menosprezar nenhuma outra. O brazilian jiu-jitsu não só sobreviveu às Mixed Martial Arts como lhes motivou a origem. E, sem dúvida, é a base das MMA, que se completam com o wrestling, o mai-tai, o boxe inglês, o judô e mesmo o karatê competente de um Lyoto Machida.

Devo muito à família Gracie. Ensinou-me a arte de enfrentar as dificuldades da vida pelo lado da altivez e não da submissão.

As pessoas me perguntam: “Tem treinado?” É irrelevante se tenho ou não. Se a mim indagassem: “Tem lutado?” Eu responderia: “Muito, sempre, todos os dias de todos os anos. Perguntem aos meus adversários.” Pois bem, eis aí a minha parte na herança do jiu-jitsu. Quando o menino Rickson derrotou o valoroso Zulu, Hélio estava ali, combatendo. Quando Roger submeteu aqueles gigantes americanos todos, vencia muito por Hélio também. Foi assim no momento em que Royler se recusou a dar os três tapinhas na disputa com o samurai Sakuraba, que era muito mais pesado.”

Fonte GracieMAG