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domingo, julho 05, 2009

O legado de Carlson Gracie em Chicago

O saudoso Mestre Carlson Gracie já faleceu há mais de três anos, mas o seu legado segue vivo, e não é só no Brasil. Radicado há dois anos em Chicago, nos Estados Unidos, André Negão está trabalhando pesado em prol da arte suave. Chegando à Terra do Tio Sam em 2007, o faixa-preta começou a dar aulas na Carlson Gracie Chicago, mas começou um projeto independente.

“Resolvemos seguir o nosso caminho e entramos na sociedade de uma academia bem no centro de Chicago, onde temos uma estrutura maior e começamos a construir o nosso grupo. Tive a honra de graduar três estudantes do saudoso mestre Carlson Gracie”, conta André. “Todos os três são pessoas com idade acima dos 40 anos e começaram a treinar com o Mestre assim que ele se mudou para Chicago e, depois do seu falecimento, perderam o prazer de treinar, pois, para eles, o Jiu-Jitsu tinha que ser com alguém de verdade. Não sei se por dádiva de Deus ou porque resistimos ao frio e à neve (risos), peguei essa grande responsabilidade e honra de lecionar as últimas pessoas que tiveram o prazer de ter aulas com o Mestre Carlson”.

Inicialmente com 30 faixa-pretas, André e sua esposa, Hannette Quadros, já contabilizam o sucesso da dupla em Chicago. “Há exatamente um ano atrás, meu sócio tinha em média 30 alunos. Hoje, a escola já mostra resultados positivos após essa parceria, onde praticamente triplicamos o número de estudantes. Foi quase um ano de trabalho árduo em conjunto com a Hannette”, afirmou o faixa-preta, que formou, ao lado de Hannette, seu primeiro faixa-preta na América. “Fizemos a nossa primeira entrega de faixas aqui em Chicago, onde 12 estudantes foram graduados: oito na azul, três na roxa e um faixa-preta”.

O PASSO A PASSO DO JIU-JITSU

Heptacampeã mundial de Jiu-Jitsu, Hannette comemorou o sucesso de sua aluna, a norte-americana Sharon. “A Sharon começou com a Hannette há mais ou menos um ano. Ela estreou no Pan e fez quatro lutas, ficando em terceiro lugar. Logo em seguida, ela lutou o Internacional Novice e se sagrou campeã, fazendo três lutas. Nosso trabalho é nosso e já estamos colhendo os frutos que começamos a plantar há pouco tempo. Fazer um aluno é uma coisa totalmente diferente de pegar alguém pronto, então deixo os meus parabéns pelo excelente trabalho que a Hannette vem fazendo, pois hoje ela divide o seu tempo me ajudando nas aulas masculinas, seus treinamentos, que são em média quatro horas por dia, aulas particulares e a sua turma feminina”, destaca Negão.

Com o trabalho em Chicago, André deixa claro o seu objetivo. “Quero ensinar o verdadeiro Jiu-Jitsu, de A a Z, o passo a passo, como aprendemos e como funciona. Não vemos o no-gi como modalidade principal no nosso ensino, estamos preocupados em manter o que se ensina no Brasil. Não nos preocupamos com as inúmeras academias de MMA, onde se aprende um pouco de tudo. Queremos fazer faixas pretas de Brazilian Jiu-Jitsu, dar oportunidade ao fraco, ao indefeso, ao inseguro, às mulheres e às crianças de poderem aprender esta arte tão nobre”, finalizou André.
Fonte TATAME

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