Cobrinha na final do Pan contra Mário Reis
No final de março, o tricampeão mundial de Jiu-Jitsu Rubens Charles “Cobrinha” (Alliance) conquistou mais um título Pan-Americano, o terceiro de sua carreira. Mas o que nem todo mundo sabe é que o lutador teve um adversário a mais em busca do ouro no peso: a dor nas costas. Em conversa com a TATAME, o faixa-preta falou sobre seu final de semana, analisando a final contra Mário Reis e sua empreitada no absoluto, chegando à semifinal. Confira abaixo o depoimento de Cobrinha à TATAME:
"Na minha categoria eu fiz três lutas. Na primeira, finalizei com uma chave de braço. Na segunda, meu adversário (Rafael Mendes( foi desclassificado porque cruzou a perna em cima do meu joelho e, na final, fiz mais uma vez com o Mário Reis, mas eu quero destacar o Mário Reis, porque ele é um cara que joga pra frente sempre buscando a finalização, não tem anti-jogo e, sim, por sinal, um jogo bem agressivo, até porque todos querem ver uma luta movimentada. Eu sei que isso se trata de uma competição, então todos vêm com a melhor arma que têm. Não estou criticando ninguém, é a minha opinião. Eu acho que sempre temos que buscar a evolução, que é a finalização.
“Eu estava com uma contratura nas costas e não estava nos meus planos lutar o absoluto, até porque eu só luto quando a equipe não tem caras mais pesados, mas, como sempre, liguei para o Fábio (Gurgel) e fomos jantar todos juntos para reunir a equipe e poder matar um pouco da saudade. Nesse dia, o Fábio perguntou para todos da mesa quem queria ir no absoluto, mas ninguém se manifestou, ou melhor, mudamos de assunto. O Fábio não entendeu nada, ou melhor, entendeu (risos). Quando chegou o sábado, fui ao ginásio só para acompanhar os garotos que iam lutar naquele dia, então me sentei na arquibancada, mas minhas costas doíam em cada posição.
“O Fábio chegou perto de mim e perguntou: ‘Cobrinha, não tem ninguém querendo ir no absoluto... O que você acha?”. Então fomos atrás de um quimono, porque eu não tinha levado quimonos, mas isso não foi muito difícil. E assim fiz a minha primeira luta com o Abimar, que é um garoto duro, só que fui mais feliz e tive a oportunidade de finalizá-lo nas costas e, na segunda luta, fiz com o Rafael Lovato, que também é um excelente atleta, foi uma luta duríssima, e eu ganhei com uma raspagem e com o Fábio gritando ‘não para na frente dele, Cobrinha, não para na frente dele’ (risos). Tive que me movimentar o tempo todo (risos).
“Depois eu fiz a semifinal com o Otávio, outra luta boa. Eu estava ganhando até faltar um minuto, quando fiz uma pegada pela boca da calça e o Tanquinho, que era o árbitro, começou a bater na minha mão, para que eu soltasse. Eu não soltei até que ele deu mais três tapas e começou a falar para eu soltar. Eu respondi que não tinha como, eu queria levar a punição, porque sabia que, se soltasse, seria raspado, porque não teria como me arrumar, e assim foi. O Otávio fez dois pontos e tinha uma vantagem na frente, mas eu acho que o erro foi meu. Vivendo e aprendendo. O importante é isso, você tirar proveito dos seus erros e é assim que continuo aprendendo, levando broncas como a que levei do Fábio após a luta, mas tudo certo. Da próxima vez eu farei diferente, não vou segurar na boca da calça (risos). Resumindo, todas as lutas foram excelentes, sempre que tiver uma oportunidade estarei lá fazendo força contra os gigantes”.
"Na minha categoria eu fiz três lutas. Na primeira, finalizei com uma chave de braço. Na segunda, meu adversário (Rafael Mendes( foi desclassificado porque cruzou a perna em cima do meu joelho e, na final, fiz mais uma vez com o Mário Reis, mas eu quero destacar o Mário Reis, porque ele é um cara que joga pra frente sempre buscando a finalização, não tem anti-jogo e, sim, por sinal, um jogo bem agressivo, até porque todos querem ver uma luta movimentada. Eu sei que isso se trata de uma competição, então todos vêm com a melhor arma que têm. Não estou criticando ninguém, é a minha opinião. Eu acho que sempre temos que buscar a evolução, que é a finalização.
“Eu estava com uma contratura nas costas e não estava nos meus planos lutar o absoluto, até porque eu só luto quando a equipe não tem caras mais pesados, mas, como sempre, liguei para o Fábio (Gurgel) e fomos jantar todos juntos para reunir a equipe e poder matar um pouco da saudade. Nesse dia, o Fábio perguntou para todos da mesa quem queria ir no absoluto, mas ninguém se manifestou, ou melhor, mudamos de assunto. O Fábio não entendeu nada, ou melhor, entendeu (risos). Quando chegou o sábado, fui ao ginásio só para acompanhar os garotos que iam lutar naquele dia, então me sentei na arquibancada, mas minhas costas doíam em cada posição.
“O Fábio chegou perto de mim e perguntou: ‘Cobrinha, não tem ninguém querendo ir no absoluto... O que você acha?”. Então fomos atrás de um quimono, porque eu não tinha levado quimonos, mas isso não foi muito difícil. E assim fiz a minha primeira luta com o Abimar, que é um garoto duro, só que fui mais feliz e tive a oportunidade de finalizá-lo nas costas e, na segunda luta, fiz com o Rafael Lovato, que também é um excelente atleta, foi uma luta duríssima, e eu ganhei com uma raspagem e com o Fábio gritando ‘não para na frente dele, Cobrinha, não para na frente dele’ (risos). Tive que me movimentar o tempo todo (risos).
“Depois eu fiz a semifinal com o Otávio, outra luta boa. Eu estava ganhando até faltar um minuto, quando fiz uma pegada pela boca da calça e o Tanquinho, que era o árbitro, começou a bater na minha mão, para que eu soltasse. Eu não soltei até que ele deu mais três tapas e começou a falar para eu soltar. Eu respondi que não tinha como, eu queria levar a punição, porque sabia que, se soltasse, seria raspado, porque não teria como me arrumar, e assim foi. O Otávio fez dois pontos e tinha uma vantagem na frente, mas eu acho que o erro foi meu. Vivendo e aprendendo. O importante é isso, você tirar proveito dos seus erros e é assim que continuo aprendendo, levando broncas como a que levei do Fábio após a luta, mas tudo certo. Da próxima vez eu farei diferente, não vou segurar na boca da calça (risos). Resumindo, todas as lutas foram excelentes, sempre que tiver uma oportunidade estarei lá fazendo força contra os gigantes”.
Fonte TATAME
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