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quinta-feira, dezembro 11, 2008

Abu Dhabi e a vida como ela é

Adriano Ornellas comenta os desafios de quem dá aula de JJ nos Emirados Árabes
O carioca Carlão Santos é um dos responsáveis por difundir a arte-suave no Oriente Médio. E é justamente dessa antiga região do planeta, com tradições culturais tão adversas e ricas, que está vindo um importante apoio ao Jiu-Jitsu. Na figura do Sheik Mohamad Bin Zayed, um grande admirador da modalidade, muito já foi feito.
Em Abu Dhabi desde 2002, entre outras ações, Carlão vem fazendo um trabalho de introdução do Jiu-Jitsu em 14 colégios públicos dos Emirados Árabes Unidos. Para isso, contratou professores brasileiros. Em 2005 levou dois, em 2007 mais três, e esse ano mais 16, totalizando até o momento 21 profissionais. No grupo há três mulheres: as cariocas Luana Neder e Tatiana Haritoff e a russa Lola Gulamova.
Um dos integrantes do grupo é o paulista de Caragutatuba Adriano Ornellas, campeão brasileiro na faixa-preta (2005,2006 e 2008) e campeão internacional máster e sênior em 2008. Contratado esse ano para trabalhar em Abu Dhabi, Ornellas já pegou pela frente nada mais que 500 alunos para dar aulas.
“Trabalho cinco vezes por semana viajo todo dia de Abu Dhabi para Alain, uma hora e vinte de viagem, dou sete aluas de 45 minutos e tenho um intervalo de 20 minutos depois, em outro intervalo para uma reza. Aqui eles rezam muito”, conta Ornellas. E as crianças dão trabalho. “Eles falam muito pouco inglês, por isso estou aprendendo árabe. Eles são como fio desencapado, não param um segundo sequer na aula”.
Nas praias de Abu Dhabi, saudades do Brasil e das cachoeiras
O esforço do professor, no entanto, é recompensado com os resultados da implementação de seu trabalho. “Tenho um aluno que no começo não conseguia fazer um rolamento. Hoje ele está aplicando duas quedas diferentes e aplicando armlocks. É muito gratificante ver a evolução deles. O que motiva aqui e ver a mudança de conduta de alguns alunos que estão realmente interessados em apreender Jiu-Jitsu. Me motiva pelo desafio, pois tenho que me comunicar bem com eles para poder dar uma aula maneira”, revelou o faixa-preta.

Adriano Ornellas posa com os fuzis da coleção do sheik Mohamad Bin Zayed

Tendo que se adaptar a uma cultura bastante diferente da ocidental, o paulista leva com bom humor as diferenças. “Qualquer parada aqui, você tá em cana, irmão”, diverte-se. “O choque cultural é tranqüilo, eu já esperava por isso. Por exemplo, aqui os homens andam de mãos dadas, as mulheres todas de burca preta estilo ‘ninja’. O mais difícil, para mim aqui, é a falta que sinto da minha mulher e as comidas do Brasil. As praias brasileiras e as cachoeiras”, disse Ornellas, que começou o Jiu-Jitsu na extinta Godói-Macaco e integrou a equipe BTT.

Fonte GracieMag

2 comentários:

Anônimo disse...

Lola Gulamova não é Russa

Anônimo disse...

Grande Ornellas, desejamos toda sorte do mundo pois vc merece guerreiro. S. Sebastiao "Atlas Academia". Jefferson, Baiano e Rodney.