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quinta-feira, dezembro 18, 2008

Zaid Mirza

Responsável pela organização do Capital Challenge, evento que promete fazer história na arte suave com a maior premiação de todos os tempos, superando as cifras de US$ 150 mil, Zaid Mirza está trabalhando lado a lado com o Rei Abdullah II, da Jordânia, para revolucionar o mundo do Jiu-Jitsu. Em conversa com a TATAME, Zaid falou sobre o crescimento da arte suave no Oriente Médio, as chances de vermos o Jiu-Jitsu nas Olimpíadas e as expectativas para o Capital Challenge.

Como está o crescimento do Jiu-Jitsu no Oriente Médio, especialmente na Jordânia?

Aqui o Jiu-Jitsu está explodindo. Hoje tem Jiu-Jitsu e MMA no Exército todo, o que significa mais de 100 mil soldados praticantes não só o BJJ, mas o MMA também. Queremos dar oportunidade para as pessoas poderem viver do Jiu-Jitsu e MMA. O povo jordaniano é guerreiro, acredito que ainda vão dar muito trabalho.

Como foi que surgiu a ótima idéia de criar a Brazilian Jiu-Jitsu Federation of Jordan?

O Jiu-Jitsu não existia no país, era proibido dar aulas de um esporte sem base ou filiação ao Comitê Olímpico. Então entrei com um pedido para abrir essa federação. Foi um árduo trabalho de quatro anos para passar de Associação para Federação independente. Hoje nós temos verba e somos tratados de igual para igual como qualquer federação de esporte olímpico. O Presidente da Federação é a Sua Alteza Príncipe Hussein Mirza, sobrinho de Sua Majestade Real Rei Abdullah II.

Essa foi uma das primeiras federações do mundo a ser reconhecida pelo Comitê Olímpico Jordaniano, figurando um importante passo para pôr a "arte suave" nas Olimpíadas. Como você vê as chances do Jiu-Jitsu se tornar um esporte olímpico?

Acho que vai demorar um pouco ainda. Penso que as regras têm que ser ajustadas um pouco para fazer uma luta mais emocionante para o público. Acho também que a CBJJ deveria ter um papel mais ativo por que eles são a referencia para essas federações fora do Brasil. Tem que ter assistência... Quem sabe se o Jiu-Jitsu não chega nas Olimpíadas por esse canto do mundo?

Como é o seu relacionamento com o Comitê Olímpico da Jordânia? É verdade que o Jiu-Jitsu vem recebendo apoio da Família Real da Jordânia?

Nossa relação é ótima, eles acreditam no nosso trabalho, o que e o mais importante. Nós estamos aí, viajando e lutando tudo por tudo que tiver pela frente. Estamos sempre mandando lutadores para o Mundial, Europeu, ente outros campeonatos. A Família Real daqui gosta muito de esporte e o Jiu-Jitsu vem recebendo um grande apoio.

A TATAME está apoiando a campanha Jiu-Jitsu in London 2012. O que acha da revista ter abraçado a causa?

Acho essa uma grande idéia, vocês estão de parabéns. Acho isso muito importante para o esporte, especialmente a mídia e os ícones do esporte que trazem visibilidade para a causa. Acho que alguém de grande influência deveria entrar em contato com o Comitê Olímpico Internacional (COI). Seria uma boa.

Quais as expectativas para o Capital Challenge International?

A expectativa é muito boa. Esse campeonato vai ser somente um teste, ainda têm muito por vir. Estamos montando um show , na verdade, uma festa de Jiu-Jitsu com show de lazer, DJ e produção profissional. O evento em fevereiro terá o primeiro campeonato de MMA. Vai ser para bater de frente com as maiores organizações do mundo (UFC, Affliction, etc.). A maior rede de televisão do Oriente Médio, a ART, entrou em contato conosco e estão querendo comprar o evento com exclusividade.
Fonte TATAME

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