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sábado, dezembro 06, 2008

Um encontro com Helio Gracie

Aos 95 anos, mestre comparece em evento e esbanja simpatia
Helio Gracie, 95 anos, esteve presente firme e forte na cerimônia de passagem de faixa, promovida no dia 4 de dezembro, às 20h, no Pavilhão Japonês do Iate Clube Jardim Guanabara, na Ilha do Governador. No salão, logo ali, diante de dezenas de olhos atentos, estava o criador de um estilo que impressionou o mundo ao longo dos anos e que continua a deixar os gringos de queixo caído nas belas finalizações protagonizadas pelos atuais lutadores de MMA. Todos pareciam estar impactados, como quem presencia uma visão. “A presença do mestre é impressionante, muito imponente”, comentário baixo de um dos alunos admirados com a figura de Hélio Gracie.

Após as últimas palavras do discurso de Robson Gracie, a maioria, principalmente os mais jovens, levantaram em direção a um sorridente e cortês Helio Gracie. Emocionante vê-lo receber a todos com tamanha receptividade e ficar ali posando para milhares de flashes sem alterar um segundo sua expressão de contentamento. Justamente ali, disponível a todos.

Depois que todos garantiram uma foto ao lado da lenda viva do Jiu-Jitsu, a reportagem não perdeu a oportunidade, mesmo que ela tenha surgido por poucos segundos. Já sem kimono e sentado trajando um casaco bege de lã, encontramos o mestre aguardando o momento de ir embora, enquanto os demais tiravam fotos com outros mestres e iam aos fundo, em direção ao churrasco preparado pela organização. Em poucos segundos, as oito perguntas minuciosamente pensadas caíram por terra, não só pelo inusitada abordagem, mas como também não queria incomodar tão importante figura com uma chuva de perguntas depois de tanto assédio. Aproximo e pergunto se só posso fazer uma pergunta. Ao que alguém lhe explica ao ouvido o que eu dissera. “Claro, quantas ele quiser”, diz o mestre forma prestimosa.

Helio Gracie após a cerimônia na foto do faixa-roxa Mário Lyra

Como o senhor se sente tendo ajudado a plantar essa frondosa árvore que é o Jiu-Jitsu?

“Eu vejo apenas como uma coisa boa. Todos gostam do que é bom. O Jiu-Jitsu é uma coisa muito boa. Não só dá auto-suficiência às pessoas, como é fácil de aprender”.

E Como o senhor se sente hoje aos 95 anos tendo cumprido a sua missão e deixado esse legado?
“Me sinto muito feliz porque o povo e o ser humano sabem receber as coisas boas e úteis”

Agradeço e recebo um aperto de mão impressionantemente forte e enérgico. Ingenuidade achar que um mestre de tamanho quilate, apesar da idade, teria um aperto de mão leve. Depois de alguns minutos ele sai e deixa o pavilhão japonês e tudo volta ao normal. Crianças pulam e correm dando seus inocentes rolas com os amiguinhos de treino, movimentos esses difundidos por aquele senhor que acabara de deixar o salão.

Fonte GracieMag

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