A coluna vertebral não apresenta tanta incidência de lesão nas modalidades de luta, porém, quando presente, o atleta permanece afastado por um período mais prolongado, além
das reincididas serem freqüentes.
A região lombar é mais freqüentemente comprometida, seguida da cervical (pescoço) e tórax. A região cervical (pescoço) é extremamente exigida durante as posições de treino e também nas competições, com estrangulamentos, rolamentos e outras técnicas de imobilização. O fortalecimento desordenado dos músculos desta região não garante a estabilidade necessária para evitar e corrigir disfunções. Atualmente, sabemos que as dores crônicas e a grande maioria das hérnias de disco desta região podem ser tratadas com a fisioterapia, sem necessidade de procedimentos cirúrgicos. A hérnia normalmente surge em áreas de muito movimento entre as vértebras, assim, a intervenção com treinamento de músculos profundos da coluna geralmente proporciona bons resultados e retorno rápido aos treinos. Muitas dores nos braços e formigamentos podem também estar sendo gerados por disfunções da coluna cervical. Nestes casos, muitas vezes a hérnia não é a causadora principal, e sim apenas um achado dos exames de ressonância magnética. Geralmente acontece uma leve compressão em algum nervo dos membros superiores e surgem sensações de desconforto nas mãos, ombros ou cotovelos. Outra causa de dor nesta região são os torcicolos. Nesta condição, acontece basicamente um forte espasmo dos músculos do pescoço, por trauma ou por mau posicionamento da coluna, onde as vértebras ficam bloqueadas e há, portanto, limitação dos movimentos e dor. Nestas e em diversas outras condições clínicas existe uma gama de possibilidades terapêuticas, tanto através de intervenções com medicamentos quanto através da fisioterapia com técnicas de alongamentos miofaciais, manipulações articulares, tração manual e recrutamento muscular.
Ao observarmos a coluna lombar, ainda hoje se percebe que as causas de dor nesta região não estão totalmente esclarecidas, sendo, portanto, a classificação mais prevalente à não-específica (85 – 90%). Para este tipo de dor lombar o tratamento conservador é mandatário. Especificamente na luta, os movimentos excessivos de flexão e rotação do tronco estão associados a esta queixa.Diversos estudos têm mostrado que ocorre inibição de certos músculos estabilizadores da coluna lombar (transverso de abdome e multifidios), diminuição de equilíbrio e propriocepção, além de maior instabilidade.
O tratamento desta queixa é feito com diversas modalidades. O controle dos fatores de risco é essencial (obesidade; sedentarismo; estresse; perda de consciência corporal e controle motor). Não existe um fator causador de dor lombar, mas sim um conjunto de fatores, inclusive fatores psicológicos e sociais. Na fase aguda devem-se utilizar manipulações e mobilizações articulares e técnicas miofaciais. Já numa fase sub-aguda e crônica, é fundamental a utilização de exercícios de estabilização, fortalecimento e propriocepção, inclusive nas posições de treinamento para o adequado controle motor.Na prevenção ainda não existe uma técnica efetiva, mas estes exercícios de estabilização, fortalecimento e propriocepção têm demonstrado uma redução na reincidida e na intensidade dos sintomas. Outra questão de extrema relevância deve ser a atenção à biomecânica dos movimentos durante os treinos, isto é, preocupação com a técnica dos movimentos durante as posições, pois assim há necessidade de menos força, menor gasto energético e, conseqüentemente, menor possibilidade de lesões.
Devemos ressaltar ainda a importância de alguns conceitos recentes, já que tanto na fase aguda quanto crônica o repouso não é recomendado. O repouso é apenas aceitável por 3-4 dias na fase aguda. Em todo o período é importante manter-se ativo. Consulte sempre um especialista para lhe orientar quais exercícios podem ser realizados.
“A costela trepou”
Este é um termo comum na luta, principalmente no grupo de Jiu-Jitsu. É importante esclarecer que em nenhum momento a “costela trepa”. Esta sensação ocorre por contusão, contratura muscular ou em menor freqüência por fratura.Após uma contusão, o primeiro exame que deve ser realizado é uma radiografia para detectar a presença ou não de fratura.
De qualquer forma, o mais freqüente é a contratura de músculos intercostais que em resposta à contusão ficam mais contraídos. Este comportamento muscular gera a sensação de costela fora do lugar e dor. O tratamento geralmente pode ser realizado com fisioterapia convencional, através de técnicas manipulativas, alongamentos específicos e crioterapia.
Lesão do joelho.
Dando seqüência às notas anteriores, vamos discutir um pouco sobre as patologias do joelho, que é uma das principais queixas dos lutadores. Apenas para relembrar, podemos separar as lesões em traumáticas e não-traumáticas.
Sobre as traumáticas podemos citar as fraturas (menos freqüentes); as entorses (mais freqüentes) e as contusões (em geral não causam afastamento). Dentre as conseqüências que encontramos das entorses, temos as lesões ligamentares, as lesões meniscais e as lesões de cartilagem. Destas, as únicas que preocupam, de fato, são as lesões ligamentares, em especial do ligamento cruzado anterior. Grande parte dos distúrbios do joelho cursam com edema (inchaço). Este fato normalmente acontece devido a um processo inflamatório, que gera uma sinovite – inflamação do líquido das articulações, ocasionando assim bloqueio de movimento e dor. Nestes casos, a orientação médica e fisioterápica deve ser procurada para investigação da origem do edema e utilização, se necessário, de recursos analgésicos e antiinflamatórios.
A lesão do ligamento cruzado anterior é a única lesão com indicação absoluta de cirurgia. Alguns atletas conseguem praticar as atividades mesmo depois da lesão L.C.A., são as chamadas não L.C.A. dependentes, mas de qualquer forma a ausência deste ligamento acarretará artrose precoce e maior desgaste. A recuperação após cirurgia para correção deste tipo de lesão dura em média de 6 à 7 meses. Os fatores de risco - sobrepeso, obesidade e sedentarismo - contribuem muito para desenvolvimento de desgastes e dor reincidivante, devendo, portanto, ser observados e minimizados o quanto antes. A fisioterapia será recomendada e apresentará bons resultados em grande parte dos casos de dor no joelho. A reabilitação do joelho deverá ser realizada por uma equipe multidisciplinar especializada, aonde a recuperação irá se basear em técnicas para fortalecimento muscular, aumento da mobilidade das articulações em caso de procedimentos cirúrgicos e melhora da estabilidade de todo complexo articular.
Atualmente é sabido que exercícios em múltiplas articulações, por serem muitas vezes mais funcionais, isto é, reproduzem atividades que realizamos durante o dia-dia, recuperam de forma mais eficaz as articulações e os músculos. Podemos citar como exemplo os mini-agachamentos e técnicas proprioceptivas.
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A região lombar é mais freqüentemente comprometida, seguida da cervical (pescoço) e tórax. A região cervical (pescoço) é extremamente exigida durante as posições de treino e também nas competições, com estrangulamentos, rolamentos e outras técnicas de imobilização. O fortalecimento desordenado dos músculos desta região não garante a estabilidade necessária para evitar e corrigir disfunções. Atualmente, sabemos que as dores crônicas e a grande maioria das hérnias de disco desta região podem ser tratadas com a fisioterapia, sem necessidade de procedimentos cirúrgicos. A hérnia normalmente surge em áreas de muito movimento entre as vértebras, assim, a intervenção com treinamento de músculos profundos da coluna geralmente proporciona bons resultados e retorno rápido aos treinos. Muitas dores nos braços e formigamentos podem também estar sendo gerados por disfunções da coluna cervical. Nestes casos, muitas vezes a hérnia não é a causadora principal, e sim apenas um achado dos exames de ressonância magnética. Geralmente acontece uma leve compressão em algum nervo dos membros superiores e surgem sensações de desconforto nas mãos, ombros ou cotovelos. Outra causa de dor nesta região são os torcicolos. Nesta condição, acontece basicamente um forte espasmo dos músculos do pescoço, por trauma ou por mau posicionamento da coluna, onde as vértebras ficam bloqueadas e há, portanto, limitação dos movimentos e dor. Nestas e em diversas outras condições clínicas existe uma gama de possibilidades terapêuticas, tanto através de intervenções com medicamentos quanto através da fisioterapia com técnicas de alongamentos miofaciais, manipulações articulares, tração manual e recrutamento muscular.
Ao observarmos a coluna lombar, ainda hoje se percebe que as causas de dor nesta região não estão totalmente esclarecidas, sendo, portanto, a classificação mais prevalente à não-específica (85 – 90%). Para este tipo de dor lombar o tratamento conservador é mandatário. Especificamente na luta, os movimentos excessivos de flexão e rotação do tronco estão associados a esta queixa.Diversos estudos têm mostrado que ocorre inibição de certos músculos estabilizadores da coluna lombar (transverso de abdome e multifidios), diminuição de equilíbrio e propriocepção, além de maior instabilidade.
O tratamento desta queixa é feito com diversas modalidades. O controle dos fatores de risco é essencial (obesidade; sedentarismo; estresse; perda de consciência corporal e controle motor). Não existe um fator causador de dor lombar, mas sim um conjunto de fatores, inclusive fatores psicológicos e sociais. Na fase aguda devem-se utilizar manipulações e mobilizações articulares e técnicas miofaciais. Já numa fase sub-aguda e crônica, é fundamental a utilização de exercícios de estabilização, fortalecimento e propriocepção, inclusive nas posições de treinamento para o adequado controle motor.Na prevenção ainda não existe uma técnica efetiva, mas estes exercícios de estabilização, fortalecimento e propriocepção têm demonstrado uma redução na reincidida e na intensidade dos sintomas. Outra questão de extrema relevância deve ser a atenção à biomecânica dos movimentos durante os treinos, isto é, preocupação com a técnica dos movimentos durante as posições, pois assim há necessidade de menos força, menor gasto energético e, conseqüentemente, menor possibilidade de lesões.
Devemos ressaltar ainda a importância de alguns conceitos recentes, já que tanto na fase aguda quanto crônica o repouso não é recomendado. O repouso é apenas aceitável por 3-4 dias na fase aguda. Em todo o período é importante manter-se ativo. Consulte sempre um especialista para lhe orientar quais exercícios podem ser realizados.
“A costela trepou”
Este é um termo comum na luta, principalmente no grupo de Jiu-Jitsu. É importante esclarecer que em nenhum momento a “costela trepa”. Esta sensação ocorre por contusão, contratura muscular ou em menor freqüência por fratura.Após uma contusão, o primeiro exame que deve ser realizado é uma radiografia para detectar a presença ou não de fratura.
De qualquer forma, o mais freqüente é a contratura de músculos intercostais que em resposta à contusão ficam mais contraídos. Este comportamento muscular gera a sensação de costela fora do lugar e dor. O tratamento geralmente pode ser realizado com fisioterapia convencional, através de técnicas manipulativas, alongamentos específicos e crioterapia.
Lesão do joelho.
Dando seqüência às notas anteriores, vamos discutir um pouco sobre as patologias do joelho, que é uma das principais queixas dos lutadores. Apenas para relembrar, podemos separar as lesões em traumáticas e não-traumáticas.
Sobre as traumáticas podemos citar as fraturas (menos freqüentes); as entorses (mais freqüentes) e as contusões (em geral não causam afastamento). Dentre as conseqüências que encontramos das entorses, temos as lesões ligamentares, as lesões meniscais e as lesões de cartilagem. Destas, as únicas que preocupam, de fato, são as lesões ligamentares, em especial do ligamento cruzado anterior. Grande parte dos distúrbios do joelho cursam com edema (inchaço). Este fato normalmente acontece devido a um processo inflamatório, que gera uma sinovite – inflamação do líquido das articulações, ocasionando assim bloqueio de movimento e dor. Nestes casos, a orientação médica e fisioterápica deve ser procurada para investigação da origem do edema e utilização, se necessário, de recursos analgésicos e antiinflamatórios.
A lesão do ligamento cruzado anterior é a única lesão com indicação absoluta de cirurgia. Alguns atletas conseguem praticar as atividades mesmo depois da lesão L.C.A., são as chamadas não L.C.A. dependentes, mas de qualquer forma a ausência deste ligamento acarretará artrose precoce e maior desgaste. A recuperação após cirurgia para correção deste tipo de lesão dura em média de 6 à 7 meses. Os fatores de risco - sobrepeso, obesidade e sedentarismo - contribuem muito para desenvolvimento de desgastes e dor reincidivante, devendo, portanto, ser observados e minimizados o quanto antes. A fisioterapia será recomendada e apresentará bons resultados em grande parte dos casos de dor no joelho. A reabilitação do joelho deverá ser realizada por uma equipe multidisciplinar especializada, aonde a recuperação irá se basear em técnicas para fortalecimento muscular, aumento da mobilidade das articulações em caso de procedimentos cirúrgicos e melhora da estabilidade de todo complexo articular.
Atualmente é sabido que exercícios em múltiplas articulações, por serem muitas vezes mais funcionais, isto é, reproduzem atividades que realizamos durante o dia-dia, recuperam de forma mais eficaz as articulações e os músculos. Podemos citar como exemplo os mini-agachamentos e técnicas proprioceptivas.
Fonte TATAME
3 comentários:
Dor na coluna é coisa de véio (Magal, Marcelão, zéNeto, Moisés).
Essa matéria é ótima pra eles. Pra mim nem tem muita utilidade, kkkkkkkkkkkkkk
oooss
não se esqueça que o tempo passa amigo!
Boa
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