A preparação do Bad Boy

Primeiro faixa-preta tricampeão mundial no peso galo, Bruno Malfacine, conhecido como Bad Boy, trabalha muito a parte técnica. Entretanto, para colocar as posições em prática e aturar o ritmo frenético dos combates nas competições, também é preciso estar com a parte física em dia.

Malfacine cuida disso com o preparador Edson Ramalho, que agora é parceiro da Alliance. Uma das possibilidades no futuro e subir para o peso pluma, então os músculos tem que estar em dia.

“Se vou subir para o pluma? Estou pensando, vai ser uma surpresa”, despista.

O lutador não vai estar em ação no Rio Open para dar um descanso. Deve voltar a ação no Nacional Cup, em São Paulo, e depois viaja para seminários na Europa. O Brasileiro e Mundial sem kimono estão em pauta.

Enquanto isso, confira um pouco da preparação física da fera:

Fonte GracieMAG

International Open do Rio à Austrália

No dia 22 de julho, tem início no Rio de Janeiro a terceira edição do Rio International Open. A competição foi realizada pela primeira vez nesta cidade, em 2008 e, de lá para cá, ganhou o mundo.

Já foram realizadas edições em grandes cidades nos Estados Unidos com o New York Open, Houston Open e Miami Open. No dia 14 de agosto acontece a primeira edição do Las Vegas International Open, no dia 22 do mesmo mês estreia o Chicago Open e em setembro, no dia 4, é a vez do Honolulu Open debutar. E outras novidades vêm por aí:

“Ano que vem realizaremos uma edição na Austrália, ainda sem data definida. Vamos fazer pela primeira vez em Las Vegas e Chicago, em agosto, e voltaremos ao Havaí, local que já recebeu duas edições do Pan. A missão é levar o Jiu-Jitsu pelo mundo através da IBJJF”, comenta Marcelo Araujo, vice-presidente da entidade.

Siriema, como é conhecido, comanda toda a estrutura de campeonatos da IBJJF e CBJJ, é um dos responsáveis pelo padrão de qualidade das competições mundo a fora. A tendência é valorizar ainda mais os chamados “International Open” ao redor do planeta, já que ganham tradição e valem como título internacional.

“Seria difícil fazer um ranking nessa competição, pela dificuldade que muitos teriam de viajar a todas as localidades onde realizamos o evento. Mas pretendemos, no futuro, beneficiar os campeões. Por exemplo, já entrariam numa colocação melhor na chave do Mundial”, conta.

Fonte GracieMAG

ADCC muda regras, Garcia aprova, Popovitch não

Competição de luta agarrada tradicional, o ADCC tem novidades que já entram em vigor nas seletivas para a edição 2011. De olho na evolução das regras, a organização revisou uma em especial.

Tradicionalmente, a pesagem ocorria um dia antes das disputas. Como as finais são no segundo dia de competição, alguns dos competidores chegavam à decisão muito acima do limite da categoria de peso.

Agora a pesagem acontece pouco antes de cada atleta entrar no dojô para o primeiro combate. Mas, mesmo depois da primeira luta, os atletas não poderão abandonar a dieta. Árbitros terão o poder de pedir uma nova pesagem a qualquer momento. Neste caso, o lutador tem folga de 2kg. Se estiver com a diferença de peso maior que essa, ocorre a desclassificação.

“Achei excelente”, resumiu o tricampeão da competição Marcelinho Garcia no Twitter.

Já o atual campeão da mesma categoria, Pablo Popovitch, que derrotou Marcelinho em Barcelona, não aprovou a alteração. Também pelo Twitter, o líder da BJJ Center, na Flórida, comentou: “Com essa regra, acho que a categoria até 77kg (170lb) acabou para mim. É impossível para mim competir logo depois de bater o peso da categoria. Em 2011, vou lutar na categoria acima. Gostaria muito de fazer uma 4a final seguida com o Marcelinho e fazer história”.

Sobre o duelo com Marcelinho, Popovitch, deu uma sugestão aos organizadores do ADCC: “Eles bem que poderiam colocar eu e Marcelinho numa superluta. A gente merece, afinal fechamos os últimos três eventos”.

Outro motivo da mudança é preservar a integridade física dos atletas, no intuito de evitar cortes extremos e perigosos de peso

Fonte GracieMAG

Michel Langui x Ary Farias

Michael Langhi se recupera de lesão e responde Ary Farias

Atleta que venceu todas as últimas competições que participou, Michael Langhi está em fase de recuperação da cirurgia que fez há duas semanas no ombro. O lutador estava com um problema crônico, que piorou depois de lutar no sacrifício.

“Não tratei bem a lesão no fim do ano passado, lutei no sacrifício, e acabou piorando. Foi até por isso que não competi o Brasileiro este ano. Preferi descansar a articulação e ir com tudo no Mundial, o que acabou dando certo. O ombro estava muito ruim, saindo do lugar”, conta ao GRACIEMAG.com.

Langhi pode ficar entre três a quatro meses afastado dos treinos. Mas, se depender dele, o processo pode se adiantar.

“Já estou fazendo fisioterapia, ainda de leve, com o ombro imobilizado. Daqui a duas semanas, já começo um treinamento físico na esteira e o fortalecimento. Segundo o médico me disse, a operação foi um sucesso e estou recuperando bem, o que pode adiantar a minha volta.”


Sem poder treinar, Langhi está na torcida pelos companheiros da Alliance, que vão estar em ação no Rio Open e no Internacional de Masters e Seniors. O lutador aproveita também para responder algumas declarações de Ary Farias, da Atos. Numa entrevista recente ao GRACIEMAG.com (ver aqui), Aryzinho comentou que jamais perderá para Michel, irmão mais novo de Langhi, a quem venceu no Mundial.

“‘Nunca’ é uma coisa complicada de se dizer. Talvez o Ary tenha que aprender isso da pior forma. Todos viram a luta, que foi bem duvidosa. Aliás, a maioria achou que o meu irmão venceu. E o Michel lutou esse campeonato sem ter treinado duro. Ficou em São Carlos com uma maioria de faixas-brancas e azuis. Mas foi até bom isso, porque ele viu a importância de se preparar adequadamente e vai morar comigo em São Paulo”, comenta.

“Nunca desrespeitei meus adversários, esse negócio de mandar a torcida se calar ou comemorar em cima do oponente. É por esse tipo de coisa que o Jiu-Jitsu não se torna olímpico. Como disse, é muito complicado falar que nunca vai perder para alguém, ainda mais um lutador tão jovem. Na faixa-preta todos se encontram, não vai ter para onde fugir”, encerra.

Fonte GracieMAG

Cobrinha aceita luta sem tempo contra Mendes

“Quero dizer logo de cara que estou feliz de ter a chance de fazer uma luta como essa”, começou Rubens Charles Maciel, o Cobrinha, no e-mail em que aceitou a proposta de lutar sem tempo contra o rival Rafael Mendes. “Vamos fazer!”, disse Cobrinha.

Na mensagem entre o lutador da Alliance e Bray Deavours, faixa-marrom de Paul Creighton (faixa-preta de Renzo) e porta-voz não oficial do grupo de patrocinadores da luta, Cobrinha concordou que “o dinheiro e a proposta são ótimos”, e reforçou que o formato do embate favorece o bom Jiu-Jitsu dos dois lutadores.

“Finalização é tudo no Jiu-Jitsu”, escreveu Cobrinha.

Do lado da Atos, equipe de Mendes, seu professor Ramon Lemos está às voltas com os treinos de Anderson Silva para Chael Sonnen, e não conseguiu confirmar a participação de Rafa, na luta que seria já em outubro. Mas apenas por enquanto, pelo que ele diz.

“Eu gostaria muito de ver essa luta também. O Rafael já mostrou seu jogo em seis minutos no World Pro, 45 minutos no ADCC, sem kimono, e dez minutos no Mundial. Por que não sem tempo e sem pontos?”, dispara Ramon. “Acho que é uma boa proposta, mas vamos estudar mais”.


Ramon elogiou Cobrinha, mas não perdeu a chance de dizer que Rafa hoje é o número um dos penas.

“Acho que é uma ótima oportunidade para os dois, mas principalmente para o Cobrinha. O Rafa é o atual campeão brasileiro, europeu, mundial e do World Pro. Não quero de forma nenhuma tirar os méritos do Cobrinha, afinal ele está sendo chamado para esta luta por ser quem é. Mas hoje, com toda humildade e muito trabalho, Rafael é o número 1. O Cobra já fala em se aposentar e seria uma ótima oportunidade pra ele terminar seus feitos por cima, como sempre esteve ao longo da carreira, aliás”, concluiu, entre um e outro treino de chão duro com Anderson.

Confira a carta de Rubens na íntegra (traduzida do inglês):

“Bray,
Obrigado por fazer essa proposta e quero dizer logo de cara que estou feliz de ter a chance de fazer uma luta com essa. Acho a ideia excelente, e ótima para o nosso esporte. Finalização é tudo no Jiu-Jitsu, e acredito que os fãs vão curtir. Tenho dito em muitas entrevistas que a chance de mostrar um Jiu-Jitsu bonito é do que eu gosto mais ao lutar, e esse formato vai nos permitir mostrar nosso Jiu-Jitsu. O dinheiro e a oportunidade são excelentes – vamos fazer essa luta! Vou pedir para meu pessoal ligar para você e acertar os detalhes.
Cobrinha”

Fonte GracieMAG