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domingo, maio 17, 2009

Um giro pelo Brasileiro


Platéia com rostos conhecidos prestigia o campeonato no Rio

O clima frio e nublado (em torno de 20º C) da tarde de sábado não foi suficiente para tirar o ânimo do público e dos competidores que lotaram no ginásio do Tijuca Tênis Clube para a edição 2009 do Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu.

Na entrada do ginásio, o americano Mike Fowler, que vai lutar nesse domingo na categoria médio, falava um misto de inglês e português com o taxista "she is minha amiga". Nas arquibancadas lotadas era possível avistar nomes importantes da arte suave como Roberto Gordo, Alexandre Gigi Paiva, Rolker Gracie, Fábio Gurgel, André Marola e Marco Antônio Barbosa. Entre outras feras de renome como Paulão Filho e Nino Schembri.

Antes do absoluto, sentado relaxando nas arquibancadas, estava Tarsis Humphreys, ao lado do faixa-preta Michael Langhi - que não se inscreveu no absoluto e só vai competir neste domingo. Supersticioso e bem humorado, Tarsis não arredou pé sobre o novo visual. “Time que está ganhando não se mexe”, disse sorrindo, para em seguida sumir entre o público com seu kimono de baixo do braço. Era a hora de competir.


E ele foi se soltando. Com calma e habilidade foi passando pela chave com excelente desempenho. Das quatro lutas feitas finalizou três (dois estrangulamentos e uma americana). Quando por baixo, mantinha uma consistente guarda fechada. Por cima, buscava estrategicamente pontuar.

Charles Cachoeira também se destacou entre os competidores. Na chave 2 do absoluto,venceu três adversários por pontos, entre eles Eduardo Santoro e Rodrigo Cavaca. Ofegante, após derrotar Cavaca, o faixa-preta, que carimbara sua vaga para semifinal, revelou: “Estou morrendo, brother. Eu vim nesse Brasileiro mais para pegar ritmo de luta de 10 minutos para lutar o Mundial bem nos Estados Unidos”, disse Cachoeira, que acabou perdendo por pontos na semifinal para Gabriel Vella.

Surpresa: Braga Neto finalizado por Tiago Gaia.

De kimono azul, Antonio Braga Neto chegou e logo causou frisson entre o público e a imprensa. Todos voltaram seus olhos e lentes para o dojô da chave quatro. No primeiro combate, Netão demonstrou-se bem mais técnico e derrotou Júlio Pires num triangulo de mão. Na segunda luta, venceu com a mesma finalização anterior, agora em cima de Gabriel Kitober, que contou com o incentivo de luxo de Paulão Filho. Na terceira luta, o inesperado. Tiago Gaia, da Nova União, que vinha de uma vitória por estrangulamento e outra por pontos, raspou Braga Neto de omoplata. O manauara devolveu com outra raspagem. Tudo empatado em 2 a 2. Gaia conseguiu então pegar as costas de Neto, pôs os ganchos e finalizou o faixa-preta de Roberto Gordo com um estrangulamento, que ao bater parecia não acreditar. Sentado, triste, Netão limitou-se a dizer. “Cara, nada justifica a derrota”.

A alegria de Gaia, porém, durou pouco. Na semifinal contra Tarsis, o faixa-preta da Nova União de Macaé, por ironia do destino ou não, foi finalizado do mesmo modo com que venceu Braga Neto, um estrangulamento pelas costas.

Fonte GracieMAG

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