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quarta-feira, maio 20, 2009

Mundial: consulados negam mais vistos

Na última semana, a TATAME acompanhou a dificuldade de alguns atletas para tirar o visto para lutar no Mundial da CBJJ, que acontece no começo de junho na Califórnia (relembre aqui). Depois do drama dos atletas da equipe Kimura, mais lutadores procuraram a TATAME para relatar as dificuldades encontradas para conseguir a documentação necessária para embarcar rumo a Terra do Tio Sam.

Paulo Bananada (TFT), conhecido dos fãs de MMA, tentou tirar o visto para competir no evento, mas, ao procurar o Consulado americano, recebeu um “não” como resposta. “Mesmo tendo todos os comprovantes de que eu iria só pra lutar o mundial de Jiu-Jitsu, cartas dos patrocinadores, da ONG onde sou voluntário e até o convite da Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu, não consegui”, disse, inconformado. Companheiro de Bananada na TFT, Vitor “Pepi” se revolta com o posicionamento do Consulado.

“Ao ver a reportagem da TATAME, onde outros vistos foram negados, os responsáveis pela Embaixada disseram que os atletas que tentaram tirar o visto não levaram convites ou documentos que comprovariam a disputa dos mesmos. E agora? Paulo e seu amigo Willian Viana tiraram todos os documentos que comprovavam sua ida para o Mundial, e a Embaixada continua negando vistos para os lutadores. Como saiu antes na reportagem, é preciso ser rico para ir para o Mundial?”, afirma indignado o lutador.

E não foram só os atletas do Brasil que sofreram com os vistos. Lutador de MMA radicado em Portugal, Fábio Moraes “Tipinho” também não teve sorte na embaixada americana em Portugal. “Me inscrevi pra lutar o Mundial da Califórnia e, apesar de ter apresentado minha inscrição junto com outros documentos, entre eles o papel da Alfândega dos Emirados Árabes Unidos (estive em Abu Dhabi lutando no inicio desse mês) e ter o carimbo desse país no meu passaporte, a Embaixada Americana me negou o visto para poder ir lutar nos Estados Unidos”, contou Tipinho, revoltado, em e-mail à TATAME.

“Estou escrevendo esse e-mail porque gostaria que vocês dessem notoriedade a essa matéria, porque é um absurdo o que estão fazendo com os atletas brasileiros em todo o mundo, barrando a entrada nos países, impossibilitando-os de dar continuidade a suas vidas profissionais como atletas. Desse jeito não é possível ser atleta e tentar crescer no mundo do Jiu-Jitsu e do MMA... Alguma coisa tem de ser feita”, finalizou Fábio Moraes. Às vésperas do Mundial de Jiu-Jitsu, onde grande parte dos lutadores são brasileiros, fica a questão no ar: até quando os atletas terão problemas para disputar uma competição tão importante no calendário do Jiu-Jitsu?
Fonte TATAMe

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